Agosto Lilás: mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher
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Por Carina Costa - Departamento de Comunicação Social
Publicado em 06/08/2020 16h34 - Atualizado em 06/08/2020 16h43
Com a necessidade de inibir os casos de violência contra a mulher, a Secretaria de Desenvolvimento Social, por meio do CREAS e CRAS cria durante todo o ano ações de fortalecimentos de vínculos familiares e de conscientização para toda a população.
E este mês, a campanha do Agosto Lilás será realizada com o intuito de conscientizar as pessoas, sobre a importância da denúncia contra abuso e violência contra mulheres no âmbito doméstico e familiar.
A Lei 11.340/2006 Lei Maria da Penha considera o crime de violência doméstica e familiar contra a mulher, sendo: qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.
Os profissionais do CREAS e CRAS estão desenvolvendo vídeos explicativos para apoiar mulheres que passam por alguma violação, a terem força de realizar a denúncia ou pelo menos pedir ajuda.
Em Urupês, a quantidade de mulheres que denunciam um abuso é quase zero, e o motivo provavelmente é a omissão do ato, por medo do que pode acontecer após a denúncia.
“Antes da pandemia, nós realizávamos mensalmente grupos com as famílias, e não havia casos comprovados de mulheres em situação de abuso, mas isso não significa que não existam casos comprovados no município, o que acontece é que esses casos não chegam até nós”, conta Juliana Zocante, coordenadora do CREAS.
Os grupos do CREAS oferecem ás famílias um espaço para diálogos sobre a violência, através da escuta especializada, proporcionando um ambiente de acolhida com o objetivo de fortalecer vínculos familiares e comunitários, além de recuperar a autoestima e estabelecer identidades, referências e valores, permitindo o acesso aos direitos. São trabalhos sociais, de apoio as vítimas, e principalmente de orientação sem caráter punitivo, ou seja, quando o agressor é identificado, o objetivo dos profissionais do CREAS é orientar a vitima sobre o que fazer.
O CRAS também realiza um trabalho com famílias, os profissionais realizam grupos e visitas e durante as ações, as mães de família acabam apresentando indícios de que é ou já foi violentada por alguém.
“O mais comum é a própria criança apresentar algum indício que em casa a mãe ou algum familiar sofra algum abuso ou violência, principalmente através de desenhos que elas fazem e relatam alguma ação que presenciaram em casa”, conta Bruna Milani, psicóloga do CRAS.
Quando ocorrem situações suspeitas como esta contada pela psicóloga, o CRAS encaminha o caso para o CREAS.
“Criança vê, criança faz, e é aí que acabamos identificando alguns casos suspeitos de violência domiciliar que não são denunciados, muitas vezes, porque a mulher pensa estar recebendo um tratamento normal do homem”, explica Vanessa Crivelaro, assistente social do CRAS.
O Agosto Lilás existe exatamente para colocar um fim nessa situação, para que as mulheres não aceitem mais passar por agressões físicas ou psicológicas. E muitas pessoas não sabem que a violência não é só física, destacamos aqui todos os tipos de agressões que as mulheres não devem aceitar:
Física: empurrar, chutar, amarrar, bater;
Psicológica: humilhar, insultar, isolar, perseguir, ameaçar;
Moral: caluniar, injuriar, difamar;
Sexual: estuprar (forçar o sexo não consentido);
Patrimonial: não deixar trabalhar, deter dinheiro, destruir objetos ou ocultar bens
Humilhar, xingar e diminuir a autoestima: agressões como humilhação, desvalorização moral ou deboche público em relação a mulher constam como tipos de violência emocional.
Tirar a liberdade de crença: um homem não pode restringir a ação ou decisão de crença de uma mulher, isso também é considerado como uma forma de violência psicológica.
Fazer a mulher achar que está ficando louca: existe inclusive um nome para isso, gaslighting, que é uma forma de abuso mental que consiste em distorcer os fatos e omitir situações para deixar a vítima em dúvida sobre a própria memória e sanidade.
Controlar e oprimir a mulher: o comportamento obsessivo do homem sobre a mulher, que o faz querer controlar a vítima, não deixá-la sair, isolá-la de sua família e amigos ou procurar mensagens no celular ou e-mail.
Para qualquer ação como essas sofridas, denuncie:
A Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência é o 180 (serviço gratuito e confidencial), oferecido pela Secretaria Nacional de Políticas, desde 2005. A central funciona 24h, ou ligue no CREAS no número (17) 3552-2138, sua denúncia estará segura e você também.
Saiba mais sobre: Departamento de Saúde
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