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Acompanhamento psicológico nas escolas de Urupês diminui drasticamente casos de gravidez e automutilação

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Fonte: College of Saint Elizabeth

Fonte: College of Saint Elizabeth

Por Luís Fernando da Silva - Departamento de Comunicação Social

Publicado em 26/11/2018 08h54

A infância e a adolescência são fases da vida cercadas de descobertas, mas também de medos e incertezas. É natural, portanto, que quem passa por essas etapas precise, muitas vezes, de um acompanhamento mais próximo que lhes permita se abrir sobre o que pensam e sobre o que vivem. Ciente disso, a Prefeitura de Urupês lançou, em abril de 2018, o Projeto Agregar, que oferece aconselhamento psicológico gratuito às crianças e adolescentes das escolas públicas da cidade, trabalhando temas pertinentes como automutilação, bullying, drogas, sexualidade, empatia, problemas de comportamento e desenvolvimento.
O projeto é promovido pela Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, e atua nas escolas por meio do acompanhamento da psicóloga Valnia Maria Ledesma Esteves, idealizadora do “Agregar”. O trabalho visa promover rodas de conversas com os alunos sobre temas pertinentes ao seu cotidiano.
Valnia explica que o principal benefício do projeto, para o aluno, é promover a melhoria na qualidade emocional, prevenindo o sofrimento mental e visando a construção de um desenvolvimento saudável.
Ainda, de acordo com ela, essas rodas de conversas são conduzidas de maneira leve e no ritmo dos alunos, permitindo que eles possam compartilhar situações que impactem sua maneira de viver e de se desenvolver. As propostas de intervenção a esses problemas são sugeridas na própria roda, o que beneficia todos os alunos.
Contudo, é necessário um olhar atento a qualquer sinal de que os limites estejam sendo transpostos. Casos considerados mais graves são direcionados ao atendimento clínico, particularizado, que inclui psicoterapia no Posto da Estratégia de Saúde da Família (ESF) no bairro Boa Vista.
Depois de sete meses, os resultados já se mostraram muito positivos, com a diminuição expressiva de 90% dos casos de gravidez na adolescência e 85% dos casos de automutilação se compararmos os números ao mesmo período do ano passado. Valnia se alegra com o trabalho. “É gratificante, principalmente quando você vê as mudanças acontecendo”, comemorou.
Acompanhamento com Pais e Professores
Além da realidade dentro das salas de aula, as crianças e adolescentes encontram, em suas casas, no convívio com a família, um outro aspecto importantíssimo para seu desenvolvimento. Por isso, o trabalho do Projeto Agregar também sai das salas de aula e oferece orientação de pais sobre como lidar com os filhos dentro de caso, como estreitar a comunicação, colocar regras e estabelecer consequências para comportamentos adequados e inadequados.
Igualmente importante, o trabalho também visa promover uma orientação individualizada aos professores, ajudando-os, assim, a ampliar o olhar sobre as crianças, a pensar em estratégias para lidar com suas dificuldades e angustias e a entender o que eles mais acham mais difícil na relação entre alunos e colegas de trabalho.
Ampliando o projeto
Ainda que o trabalho esteja dando frutos, é necessário que haja uma ampliação. Para isso, a Secretaria de Educação visa aprimorar o projeto para 2019, buscando parcerias, a fim de alcançar ainda mais escolas e alunos. Algo que será muito bem-vindo para toda a cidade.

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