Social alerta sobre riscos do bullying nas escolas
Veja como identificar casos de bullying e o que fazer para combater.
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Foto: Adobe Stock.
Por Luís Fernando da Silva - Divisão de Comunicação
Publicado em 20/10/2022 14h29 - Atualizado em 20/10/2022 16h55
Em outubro, os olhos da sociedade se voltam para a prevenção ao bullying. Esta palavra inglesa descreve atitudes de ameaças, intimidações e violências físicas e/ou psicológicas, com o objetivo de debochar, “tirar sarro” ou menosprezar uma vítima. É praticado em ambiente escolar pelo "bully", o “valentão”, aquele que gosta de “arrumar briga”.
Visando conscientizar a sociedade sobre os perigos dessa prática e sensibilizar sobre seu necessário fim, o Departamento de Desenvolvimento Social promove algumas ações neste mês, como visitas a escolas, panfletagem e palestras para pais. Também professores nas escolas continuam trabalhando o tema que é frequente causa de debate.
O bullying é toda violência praticada por meninos ou meninas dentro da escola e sempre tem três importantes características:
- Intencional (o agressor realmente deseja cometer as atitudes);
- Repetitiva (a violência acontece diversas vezes);
- Não justificável (lei do mais frágil, a vítima nunca está em posição de se defender).
Quais são os tipos de bullying?
O bullying pode ser dividido em algumas categorias. Algumas são mais conhecidas que outras.
- Físico: agressões que machucam o ferem o corpo da vítima;
- Verbal: xingamentos, apelidos de mal gosto e intimidações;
- Escrito: pixações em paredes, cartazes e bilhetes ofensivos;
- Material: quebrar, danificar ou esconder objetos que pertencem à vítima;
- Cyberbullying: é aquele feito e espalhado com velocidade na internet;
Independentemente do tipo, toda prática de bullying possuem componentes psicológicos, já que mexem com a autoestima, segurança e autoimagem da criança e adolescente.
Sinais de que uma criança/adolescente está sofrendo bullying
Nem sempre a criança ou adolescente que sofre bullying relata os causos, por isso é importante que pais, professores ou outros responsáveis prestem atenção a sinais que podem ser demonstrados pelas vítimas:
- Passar mal antes de ir à escola ou realizar afazeres coletivos;
- Isolar-se (deseja sempre estar sozinho);
- Apresentar queda no rendimento escolar (notas podem ficar mais baixas);
- Desvalorizar-se e dizer coisas ruins sobre si mesmo;
- Ter ataques de fúria e agressividade com a família (que é o local onde, muitas vezes, consegue “descontar” ou “dar vazão” às agressões vividas no dia a dia);
- Apresentar raiva de si mesmo por não conseguir reagir (pode se manifestar em comportamentos autodestrutivos, como a automutilação – tentar ferir a si mesmo).
Infelizmente, o número de suicídios é mais alto em adolescentes que sofrem bullying. os alvos mais fáceis são os mais tímidos, introspectivos, passivos e que não possuem em seu perfil a característica de reagir facilmente. Podem se encaixar também crianças/adolescentes mais solitários.
Os espectadores
Os espectadores são pessoas importantes para que o bullying ocorra, porque “oferecem plateia”. Sem pessoas para assistir à violência, o bullying não existe, porque o agressor sente necessidade de expor aos outros o que está sendo feito.
Espectadores podem ser:
- OMISSOS (quando veem a violência, mas não fazem nada para impedir);
- COAUTORES (quando também auxiliam a cometer o bullying de alguma forma); ou
- INIBIDORES (que ajudam a interromper o ato violento).
Nunca ria, incentive ou apoie uma atitude de bullying. Ajude a vítima apoiando-a e denunciando o caso!
Quem é o agressor?
Geralmente crianças ou adolescentes com diversos fatores em sua educação, principalmente ligados aos limites impostos pelos responsáveis. Muitas vezes suas atitudes são um reflexo da condição psicossocial da família.
Os agressores também precisam de atenção, já que demonstram estar em estado intenso de sofrimento psíquico, só sabendo externalizar dessa forma (colocando o outro em risco e constrangimento).
Como acabar com o bullying?
Se você está sofrendo bullying ou conhece alguém que esteja: não tenha medo, procure um professor ou outro adulto e conte o que está acontecendo. Eles poderão te ajudar.
Se você é pai ou responsável: procure formas de solucionar o problema junto à escola de seu filho por meio do diálogo e conversa franca;
Se você é professor ou funcionário de escola: saiba que você exerce papel fundamental. Ajude a promover a cultura da prevenção e um olhar atento sobre o tema que já se tornou ponto de saúde pública.
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