Precisamos falar sobre suicídio
Campanha em Urupês tenta desvendar mitos sobre transtornos mentais e prevenir suicídio
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Por Luís Fernando da Silva - Divisão de Comunicação
Publicado em 02/09/2022 16h30
Setembro é conhecido como o mês de valorização da vida e aquele onde se trabalha, com mais atenção, assuntos como a prevenção ao suicídio.
De acordo com dados apresentados pela campanha, realizada desde 2014, pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), no Brasil são registrados cerca de 14 mil casos por ano, ou seja, uma média de 38 por dia.
Em Urupês, a Campanha Setembro Amarelo vai abordar, durante todo o mês, fatos sobre transtornos mentais, o que pode levar uma pessoa ao suicídio, sinais de alerta, como ajudar e onde encontrar ajuda.
Por que precisamos falar sobre suicídio?
Difícil de ouvir e mais difícil ainda de falar. O suicídio é considerado um assunto bastante desconfortável e, assim como muitos temas ligados à saúde, o preconceito e a desinformação têm atrapalhado o direcionamento adequado do problema.
O tema ainda é considerado “assunto proibido” na sociedade, principalmente pela crença de que mencioná-lo pode estimular as pessoas a cometerem o ato. Porém já foi comprovado que falar sobre o assunto pode até reduzir os riscos de uma pessoa cometer o suicídio. Isso porque, segundo especialistas, na maioria das vezes, um simples diálogo consegue aliviar o sofrimento emocional em uma situação de crise.
O que pode levar uma pessoa ao suicídio?
A pessoa que pensa em tirar sua vida, acredita que não existem soluções para os seus problemas e, normalmente, dá sinais de um desequilíbrio emocional, que pode passar despercebido por familiares e amigos.
Algumas situações que podem contribuir para o suicídio: cobranças sociais, culpa, remorso, depressão, ansiedade, medo, fracasso, humilhação, bullying, dentre outras.
Sinais de alerta
Existem sinais verbais e não verbais que podem ser demonstrados por pessoas que possuem ou podem vir a possuir ideação suicida. Fique atento:
Sinais não-verbais
- Isolamento: deixar de ir à escola ou faltar ao trabalho com regularidade, por exemplo;
- Desinteresse: a pessoa deixa de fazer as atividades de que gosta;
- Alimentação: a pessoa come mais ou come menos que o usual;
- Mudança no sono: tem insônia ou dorme demais;
- Agressividade: no caso de jovens, às vezes a depressão se confunde com agressividade.
Sinais verbais
- “Gostaria de sumir”
- “Não aguento mais viver”
- “Não tenho mais esperança”
- “Nada mais faz sentido”
- “Sinto uma dor que não passa”
Como ajudar uma pessoa?
- Primeiramente, ouça com atenção o que a pessoa está sentindo.
- Não julgue e não tenha preconceito;
- Não dê conselhos como “precisa sair de casa”, “precisa esquecer isso...”;
- Demonstre que você é alguém de confiança;
- Não faça comparações;
- Não mude de assunto, ou faça comentários como “anime-se”, “vai dar tudo certo”;
- Não ria ou faça piadas;
- E, acima de tudo, incentive a pessoa a buscar apoio com um profissional.
Onde buscar ajuda?
O Sistema de Saúde de Urupês possui um quadro de profissionais capaz e pronto para lhe ajudar. Saiba mais em: (17) 3552-1324
O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas 24 horas por dia.
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